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21 de março – Dia Internacional da Síndrome de Down

Desde 2006, o dia 21 de março marca o calendário como o Dia Internacional da Síndrome de Down. A data foi criada pela organização Down Syndrome International e representa a condição da triplicação do cromossomo 21 (trissomia) que causa esta ocorrência genética. Vem daí, portanto, o 21/03.

A Síndrome de Down é uma alteração genética presente na espécie humana desde sua origem. Foi descrita como tal há 150 anos, quando John Langdon Down, em 1.866, se referiu a ela pela primeira vez como um quadro clínico com identidade própria. Desde então, se tem avançado em seu conhecimento, ainda que existam aspectos a descobrir. Em 1.958, o francês Jérôme Lejeune e a inglesa Pat Jacobs descobriram a origem cromossômica da síndrome, que passou a ser considerada genética.

A Síndrome de Down é a forma mais comum de deficiência intelectual no mundo, representando aproximadamente 25% de todos os casos de atraso intelectual, traço presente em todas as pessoas com a síndrome. Estima-se que no Brasil ocorra 1 em cada 700 nascimentos, o que totaliza em torno de 270 mil pessoas com Síndrome de Down; no mundo, a incidência estimada é de 1 em 1 mil nascidos vivos.

A Síndrome de Down não é uma doença, e sim, uma condição inerente à pessoa, portanto, não se deve falar em tratamento ou cura, porém, está associada a algumas questões de saúde que devem ser observadas desde o nascimento da criança. Pessoas com Síndrome de Down comumente estão mais vulneráveis a uma maior incidência de cardiopatias e problemas respiratórios, cuja intensidade varia imensamente de pessoa para pessoa. Não há relação entre as características físicas e um maior ou menor comprometimento intelectual – o desenvolvimento dos indivíduos está intimamente relacionado aos estímulos e aos incentivos que recebem, sobretudo nos primeiros anos de vida, e a carga genética herdada de seus pais, como qualquer pessoa.

No Banco do Brasil, a Associação de Pais, Amigos e Pessoas com Deficiência de Funcionários do Banco do Brasil e da Comunidade – Apabb trabalha há 36 anos com a inclusão das pessoas com Síndrome de Down, a exemplo de outras deficiências, oferendo oportunidades na área do esporte, lazer e inserção no mercado de trabalho.

Para Ana Cláudia Cruz, assessora IUE na Ditec em Brasília, e mãe de Antônio José, de 31 anos, com Síndrome de Down, “ter um filho com deficiência, geralmente, nos deixa mais sensíveis e mais atentas ao que dificulta e ao que possibilita a inclusão de nossos filhos e filhas. Nesses 31 anos, sempre entendi o processo de inclusão como algo contínuo e com diferentes focos de atenção: estimulação precoce, cuidados com a saúde, escolarização, vida amorosa, trabalho, envelhecimento.... Mas um ponto importantíssimo em todo esse percurso é assegurar oportunidades diversas de socialização. Conviver com pessoas com deficiência diminui atitudes preconceituosas e ao mesmo tempo faz com que as pessoas com Síndrome de Down aprendam formas de estar nesse mundo”, sintetiza de forma exemplar e pedagógica.

Data de publicação: 21/03/2024

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